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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Mário Cesariny - Manual de Prestidigitação, Assírio & Alvim, 174 p. 1980

Mário Cesariny

Manual de prestidigitação

Lisboa[1980]

Assírio & Alvim

Coleção Obras de Mário Cesariny, 1

Arranjo Gráfico Manuel Rosa

174 p.







Poeta e pintor, tendo participado em várias exposições.
Na Escola António Arroio fez estudos orientados para as Belas-Artes, que desenvolveu mais tarde. 



A sua afirmação como escritor faz-se em torno do primeiro grupo surrealista de Lisboa, desempenhando intensa actividade que nunca interrompeu: intervenção em conferências, publicação de folhas volantes colectivas e individuais, organização de antologias (Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito, 1961; Surreal/Abjeccionismo, 1963; A Intervenção Surrealista, 1966; 50º. Aniversário do Primeiro Manifesto Surrealista, 1974; Horta de Literatura de Cordel, antologia, 1983; etc.) 

Publica também traduções (Rimbaud, Artaud, etc.) 

Inicialmente próximo do Neo-Realismo, rompe com este movimento que é posto em questão de um modo sarcástico e irónico em «Nicolau Cansado Escritor», que foi recolhido, em 1961, em Poesia: 1944-1955. Entretanto, apresenta-se como defensor ortodoxo do movimento surrealista, envolvendo-se nas confrontações e rivalidades entre grupos ligados a esse movimento ou em várias polémicas. 

A sua poesia é espontânea, subversiva, fulgurante, animada por um sentido de contestação aos comportamentos ou princípios mais institucionalizados ou considerados normais no campo do pensamento, da cultura, dos costumes, do erotismo. Ao recorrer a processos tipicamente surrealistas (enumerações caóticas, utilização sistemática do sem-sentido ou do humor negro, formas paródicas, trocadilhos e outros jogos verbais, automatismo, etc.), não deixa de atingir o que possa haver de imprevisível numa linguagem que sabe encontrar o equilíbrio entre o quotidiano, tantas vezes surpreendido sentimentalmente, e o insólito, a clareza e o hermetismo, a ternura e a agressividade, o artifício e a mais exaltada espontaneidade. 

Escreveu um texto de índole teatral (Um Auto para Jerusalém, 1964) e reuniu em livro (As Mãos na Água a Cabeça no Mar, 1972) um conjunto de artigos sobre vários escritores, pintores, movimentos artísticos, etc. 

Colaborador das revistas Transformaction (Inglaterra), Brumes Blondes (Holanda), Phases e La Crecele Noire (França), Arsenal: Surrealist Subversion (EUA). 

Parte do espólio de Mário Cesariny encontra-se no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional.

in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998




Exemplar muito estimado, capa e miolo limpos

Preço : 50 € 
com portes registados para Portugal Continental e ilhas
+ 10€ para correio registado internacional
UPS ou correio rápido a orçamentar

Pedidos a 2mitodesisifo@gmail.com ou em www.leiloes.net

Mário Cesariny - As mãos na água, a cabeça no mar. Lisboa: A Phala [Ed. autor], 1972

Mário Cesariny

As mãos na água, a cabeça no mar

Lisboa

A Phala [Ed. autor]

1972

192 p







Poeta e pintor, tendo participado em várias exposições.


Na Escola António Arroio fez estudos orientados para as Belas-Artes, que desenvolveu mais tarde. 

A sua afirmação como escritor faz-se em torno do primeiro grupo surrealista de Lisboa, desempenhando intensa actividade que nunca interrompeu: intervenção em conferências, publicação de folhas volantes colectivas e individuais, organização de antologias (Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito, 1961; Surreal/Abjeccionismo, 1963; A Intervenção Surrealista, 1966; 50º. Aniversário do Primeiro Manifesto Surrealista, 1974; Horta de Literatura de Cordel, antologia, 1983; etc.) 

Publica também traduções (Rimbaud, Artaud, etc.) 

Inicialmente próximo do Neo-Realismo, rompe com este movimento que é posto em questão de um modo sarcástico e irónico em «Nicolau Cansado Escritor», que foi recolhido, em 1961, em Poesia: 1944-1955. Entretanto, apresenta-se como defensor ortodoxo do movimento surrealista, envolvendo-se nas confrontações e rivalidades entre grupos ligados a esse movimento ou em várias polémicas. 

A sua poesia é espontânea, subversiva, fulgurante, animada por um sentido de contestação aos comportamentos ou princípios mais institucionalizados ou considerados normais no campo do pensamento, da cultura, dos costumes, do erotismo. Ao recorrer a processos tipicamente surrealistas (enumerações caóticas, utilização sistemática do sem-sentido ou do humor negro, formas paródicas, trocadilhos e outros jogos verbais, automatismo, etc.), não deixa de atingir o que possa haver de imprevisível numa linguagem que sabe encontrar o equilíbrio entre o quotidiano, tantas vezes surpreendido sentimentalmente, e o insólito, a clareza e o hermetismo, a ternura e a agressividade, o artifício e a mais exaltada espontaneidade. 

Escreveu um texto de índole teatral (Um Auto para Jerusalém, 1964) e reuniu em livro (As Mãos na Água a Cabeça no Mar, 1972) um conjunto de artigos sobre vários escritores, pintores, movimentos artísticos, etc. 

Colaborador das revistas Transformaction (Inglaterra), Brumes Blondes (Holanda), Phases e La Crecele Noire (França), Arsenal: Surrealist Subversion (EUA). 

Parte do espólio de Mário Cesariny encontra-se no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional.

in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998



Exemplar muito estimado, capa e miolo limpos
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Mário Cesariny de Vasconcelos POESIA (1944-1955) Delfos. [Editora Gráfica Portuguesa, Lda. Lisboa. S.d.]. In-8º gr. de 359-II págs. Brochado

Mário Cesariny de Vasconcelos

POESIA (1944-1955)

Delfos.

[Editora Gráfica Portuguesa, Lda. 

Lisboa. S.d.].

In-8º gr. de 359-II págs. Brochado



Edição colectiva dos livros A Poesia Civil, Discurso Sobre a Reabilitação do Real Quotidiano, Pena Capital, Manual de Prestidigitação, Estado Segundo, Alguns Mitos Maiores e Menores propostos à Circulação pelo Autor. Contém ainda fragmentos de Um Auto para Jerusalém e Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos, bem como os livros de Nicolau Cansado Escritor.

Com um retrato de Cesariny, em desenho à pena por João Rodrigues.







Exemplar muito estimado, capa e miolo limpos. Lombada inferior restaurada 
Preço : 180 € 
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Antologia do Humor Português ( Famoso tijolo das Edições Afrodite ) acrescido da edição recente de 1969-2009 de Nuno Artur Silva e Inês Fonseca

Antologia do Humor Português

VIRGÍLIO MARTINHO, org. e notas
ERNESTO SAMPAIO, org., prefácio e notas
desenhos de Carlos Ferreiro, Eduardo Batarda, João Machado e José Rodrigues


em conjunto com


Antologia do Humor Português
Nuno Artur Silva, Inês Fonseca Santos. 

Antologia do humor português mas só o que saiu em livro e mesmo assim há uns que, se calhar, não deviam aqui estar e outros que não estão e deviam estar. É como em tudo.

1969-2009 mais ou menos, enfim, 18 de abril de 2008, até à hora do almoço o mais tardar.
Lisboa
Texto Editores
2009.

Sobre a edição original:
Lisboa, 1969
Edições «Afrodite» de Fernando Ribeiro de Mello
tipografia União Gráfica
1.ª edição [única]
21 cm x 14,5 cm
XXVIII págs. + 1.008 págs.
ilustrado



Magnífica! A mais magnífica incursão jamais feita ao corpus de literatura portuguesa, de onde os organizadores fazem saltar um espírito, um chiste, em pleno arraial do país sisudo e sufocado pelo Estado Novo. Outras antologias saídas dessa editora foram perseguidas pelas polícias, é público e basto conhecido, como a do Conto Fantástico ou a Erótica e Satírica; mas esta, verdadeiramente, melhor expõe um país... Lembra-nos o escritor surrealista Ernesto Sampaio no texto de abertura:
«[...] O humor, que na verdade é um dos privilégios da poesia, constitui, como o amor e a vontade prática revolucionária, a única força compósita capaz de restituir ao homem a sua dignidade autêntica. [...]
[...] resta-nos mencionar o humor, no ponto de cruzamento do desejo sem meios e dos meios sem desejo, como suprema lucidez, arte de denunciar e perseguir até aos seus covis mais recônditos os absurdos de uma situação irrisória e injusta em todos os planos, de uma lei fundamentada no dinheiro, no horror ao corpo, na baixeza obrigatória do espírito, no incessante atentado ao amor, a todos os poderes de afirmação e criação do homem livre, do homem que não cabe nos esquemas daqueles que ao comprarem a sua força de trabalho pretendem comprá-lo todo, em corpo e alma. [...]»
E para não destoar do projecto, o próprio editor Ribeiro de Mello espetou com o volume a ser composto e impresso numa tipografia da esfera de influência da Igreja! E não contente com isso, o que já não foi pouco, ainda pôs na ficha técnica os nomes dos intervenientes nos trabalhos, com especial relevo para as «irmãs» e respectiva congregação!
Escusado será dizer que poucos destes exemplares terão sobrevivido após a descoberta pelos responsáveis da oficina gráfica... Tendo, assim, saído dos prelos três versões distintas da pág. 1.006: a referida; uma outra em que a folha foi guilhotinada e substituída por uma com o cólofon resumido a quatro linhas; e ainda outra (a vertente) em que todos os nomes voltam aí a figurar, mas expurgados dos cargos religiosos.


Sobre a edição possível de continuação da edição original:




Contraditando alguns dos fundamentais propósitos daquilo que se convencionou que um bom título deve patentear (concisão, precisão, facilidade de memorização, etc., emerge como inusitada a atribuição de um título tão extenso (53 palavras e 206 caracteres) a uma obra contemporânea. Os percursos e discursos humorísticos trilham justamente o caminho do desvio: a evasão à lógica cognoscível, o subterfúgio à atitude comummente ditada e aceite pela ordem social, a deslocação de significado no dizer e na intenção que subjaz a esse modo de dizer.

Em metade das palavras exibidas pelo título desta antologia direi que, em termos genéricos, o traço genealógico comum à confluência de géneros e de tipologias textuais aqui coligidos consubstancia-se no

humor, no seu registo estritamente escrito, sem recurso à imagem. Na esteira do trabalho de Fernando Ribeiro de Mello – Antologia do Humor Português –, dada à estampa em 1969, a colectânea que ora
se apresenta compila textos extraídos de obras publicadas, quer a título individual, quer colectivamente escritas, retomando o final da década de 60 do século XX, ostentando registos humorísticos até 2009
(ou melhor: “1969-2009 mais ou menos enfim, 18 de Abril de 2008”).
Ténue é a fronteira que demarca o humor de uma postura séria. Como Henri Bergson (74) propunha, no seu estudo seminal sobre o riso, todo e qualquer assunto se torna matéria passível de desencadear o riso no ser humano. Na verdade, é no contexto que radica a (in)validação do humor. Por esta razão, na “Introdução” à presente crestomatia, surge com propriedade a referência à “circunstância” a partir da qual eclode o enunciado humorístico.
Ao longo da leitura desta selecta, são oferecidas ao leitor determinadas coordenadas alusivas à biobibliografia de cada um dos autores, sendo algumas linhas dedicadas ao tipo de humor produzido, bem como às circunstâncias socioeconómicas, políticas e culturais, atinentes à criação do humor. Daí que seja legítimo que muitos dos textos evoquem uma conjuntura outra e nela aufiram sentidos outros, que a contemporaneidade se vê impossibilitada de lhes conferir. Por conseguinte, é precisamente à luz das circunstâncias, em que o humor se alicerça, que muitos dos textos recriam o seu sentido humorístico hoje em dia.
Embora o humor seja um conceito pejado de subjectivismo e de relativismo, de difícil quantificação objectiva, os textos que constituem o corpus desta antologia, exibem, grosso modo, uma concepção de jogo de palavras ou de contextos gerador de diversão e de prazer, intrínseco ao processo de desenvolvimento do ser humano.
Da manutenção do jogo que aqui se cria, ressaltam objectivamente alguns mecanismos linguísticos basilares, nomeadamente alguns recursos estilísticos (como a ironia, a hipérbole, a antítese, a repetição…) a incongruência semântica, a paródia, a intertextualidade, a ambiguidade, entre outros.
No seu cômputo geral, todos os textos coligidos obedecem aos preceitos do desvio e do jogo em que o humor desponta inadvertidamente, privilegiando um ou mais mecanismos linguísticos em detrimento de outro(s), perfazendo, assim, uma colectânea de copiosa diversidade textual, ocasionando diversos graus de riso. Não obstante, e como os próprios autores advertem no título: “(…) e mesmo assim há uns [textos do humor português] que, se calhar, não deviam aqui estar e outros que não estão e deviam estar. é como em
tudo” – existe um reduzidíssimo número de textos, de indubitável qualidade literária, que, pela sua dimensão trágica, questiona a fragilidade inerente aos limites do humor e, por conseguinte, a sua inclusão nesta obra. Porém, uma vez mais, saliento a natureza subjectiva e o carácter relativo daquilo que se pode considerar de
pendor humorístico.
Resta dizer que, mediante a proliferação do humor em registo escrito que testemunhamos quotidianamente, a próxima recolha não deverá, nem poderá aguardar tanto tem o a ser realizada como as
anteriores, pois urge apresentar e trabalhar o humor nacional com a elevada qualidade com que esta antologia se anuncia ao público português.

Exemplar muito estimado, capa e miolo limpos
Preços
Edição Afrodite: 250€
Edição Texto Editores: 75€
Comprados em conjunto: 300€
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André Breton, Antologia de Humor Negro. Edições Afrodite, 1973, 1ª edição

André Breton

Antologia de Humor Negro

Edições Afrodite [Francisco Ribeiro de Mello]

1973

1ª edição

454 p

Fotomontagem capa Sérgio Guimarães








Fernando Ribeiro de Mello. Edições Afrodite. 1972. In-8.º de 454-I páginas. B.

Tradutores: Aníbal Fernandes, Ernesto Sampaio, Isabel Hub, Jorge Silva Melo, Luísa Neto Jorge e Manuel João Gomes.

Prefácio de André Breton (o prefácio poderia ter por título O Pára-Raios – Lichtenberg)



Edição com imagens de alguns autores presentes na antologia, textos de Andé Breton a apresentar cada um dos antologiados, e ainda um nota final de AB escrita em 1966, a Antologia encerrada, isto é, a salvo de qualquer revisão ou ampliação.


Texto na badana: 

O regime de Vichy foi forjado por Hitler em 1940, depois de as suas tropas terem entrado vitoriosas na Franças: era o grande sinal de que a Grande Guerra fora ganha pela Alemanha Nazi.
O regime de Vichy era constituído por quatro franceses (Pétian, Pucheu, Barthélemy, Brinon) que colaboraram com o nazismo durante quatro anos e fielmente cumpriram as ordens que Berlim mandava: processaram judeus, guilhotinaram comunistas, eliminaram chefes sindicalistas.
E a primeira edição da Antologia do humor Negro (1939) foi por eles retirada do mercado logo que apareceu. O humor negro não será a melhor prova de que a estupidez e o crime nunca ganharam qualquer guerra?
O humor negro é mais que o riso, é mais que a ironia:
É a crueldade destrutiva que abala os alicerces de todos o regimes – é uma ameaça constante ao império da irracionalidade, ao domínio da injustiça, ao crime organizado.
É por isso que os textos desta Antologia se apresentam sempre como literatura de vida ou de morte; é por isso que os autores escolhidos por Breton são quase todos daqueles homens que nenhum governo de Vichy recuperará.
A Antologia de Breton atinge o regime no mais profundo da sua falsa compostura: é através dela que Breton anuncia definitivamente o génio até então oculto dos grandes escritores malditos: Sade, Lautréamont, Forneret, Lacenaire.

Dentre eles, houve ainda os que para além do humor, realizaram também a entrega total à loucura (Swift, Sade, Nietzsche), que se refugiaram na droga (De Quincey, Baudelaire), no álcool (Poe, Jarry), no suicídio (Vaché, Rigaud, Roussel, Duprey).
Com este livro, a literatura é chamada à luta, à vida perigosa. Para Breton e o seus autores aqui seleccionados o humor ou é negro – i. é. cruel – ou não será humor.


Autores Antologiados:

Alberto Savino
Alfred Jarry
Alphonse Allais
André Gide
Arthur Cravan
Arthur Rimbaud
Benjamin Péret
Charles Baudelaire
Charles Cros
Charles Fourier
Chirstian-Dietrich Grabbe
D. A. F. de Sade, Marquês de Sade
Edgar Allan Poe
Franz Kafka
Friedrich Nietzsche
Georg-Christoph Lichtenberg
Germain Noveau
Giséle Prassinos
Guillaume Apollinaire
Hans Harp
Isidore Ducasse, Conde de Lautréamont
Jacob Van Hoddis
Jacques Rigaut
Jacques Vaché
Jean Ferry
Jean-Pierre Brisset
Jean Pierre Duprey
John Millington Synge
Jonathan Swift
Joris-Karl Hysmans
Leonora Carrington
Lewis Carrol
Marcel Duchamp
O. Henry
Pablo Picasso
Petrus Borel
Pierre-François Lacenaire
Raymond Roussel
Salvador Dali
Thomas de Quincey
Tristan Corbiére
Villiers L´isle-Adam


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O Processo das virgens. Edições Afrodite. Francisco Ribeiro de Mello, [1975]

O processo das virgens: Aventuras, venturas e desventuras sexuais em Lisboa, nos últimos dias do fascismo

Seleção de Marta Castro Alves

Comentários de:

José Augusto Seabra

José Carlos Ferreira de Almeida

José Martins Garcia

Maria Alzira Seixo

Capa de Henrique Manuel

Edições Afrodite [Francisco Ribeiro de Mello]

Lisboa

Coleção Documentos

357 p.




Na Contracapa



«O Processo das Virgens» é o nome de combate escolhido para esta recolha de algumas peças de três processos judiciais instruídos pela Polícia Judiciária e julgados pelo Tribunal de Execução de Penas nos últimos anos do fascismo.
Os factos a que estes processos se referem correram na época as bocas do mundo, tendo dado origem a um escândalo que, aquém e além fronteiras, ficou conhecido pelo «caso dos BALLETS ROSE».
A implicação nesse escândalo (de que a Imprensa portuguesa da época não falou) de figuras de grande destaque social e político (um punhado de grandes do fascismo) foi tema de suposições e especulações. Umas e outras, tal como algumas das respectivas consequências, são referenciadas por Mário Soares no «Portugal Amordaçado».
A publicação destas peças processuais destina-se a contribuir para a elaboração de um mapa dos costumes da burguesia portuguesa no decurso do fascismo.
Assim e defendendo a presente edição do risco de sensacionalismo, além de certo critério na transcrição dos autos, apresentam-se como posfácio quatro breves reflexões críticas que oferecem vias de leitura para desocultar alguns dos significativos sócio-culturais destes documentos.

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Manifesto Anti-Dantas e por extenso por José de Almada-Negreiros poeta D'Orpheu Futurista e tudo, 3ªedição

Manifesto Anti-Dantas e por extenso por

José de Almada-Negreiros

poeta D'Orpheu

Futurista e tudo

3ª Edição

Lisboa

Edições Ática

2000

15 p.


Opúsculo como novo da reedição do famoso manifesto modernista Anti-Dantas. Impresso com capa cartonada e miolo agrafado. Assinatura do proprietário coevo na página de rosto datado de Dezembro de 2000.
Edição que respeita a grafia original do autor.




Cronologia / Biografia de José de Almada Negreiros citada de http://www.vidaslusofonas.pt/almada_negreiros.htm

1893: Nasce em S.Tomé e Príncipe - 1896: Morte da mãe. - 1900: Entra como aluno interno no Colégio dos Jesuítas, em Campolide. O pai casa novamente - 1905: Redige e ilustra jornais manuscritos - 1910 : É extinto o Colégio dos Jesuítas. Vai para Coimbra - 1911: Lisboa. Ingressa na Escola Internacional - 1915: Escreve o Manifesto Anti-Dantas - 1919: Vai para Paris - 1920: Regressa a Lisboa - 1925: Pinta dois painéis para a Brasileira do Chiado - 1927: Parte para Madrid - 1932: Regressa a Lisboa - 1933: Casa com Sarah Afonso - 1934: Nasce o filho José - 1938: Conclui os vitrais da Igreja de Nª Senhora de Fátima - 1939: Morre o pai em Paris. - 1943: Faz os estudos preparatórios para os frescos da Gare Marítima de Alcântara - 1954: Pinta o retrato de Fernando Pessoa para o restaurante Irmãos Unidos - 1966: É eleito membro honorário da Academia Nacional de Belas Artes -1967: Recebe o Grande Oficialato da Ordem de Santiago e Espada - 1970: Morre em Lisboa.


... O movimento artístico português necessita de inovação. Os artistas plásticos continuam a satisfazer os gostos de uma sociedade burguesa. O naturalismo predomina na arte. Os impressionistas não têm repercussões em Portugal. É um país limitado. Almada sabe-o. Há que dizê-lo.
Em 1913 publica o primeiro desenho n’A Sátira - é necessário agitar a mentalidade artística portuguesa. No mesmo ano faz a primeira exposição individual. São cerca de 90 desenhos.
Fernando Pessoa escreve uma crítica à exposição. Quando Almada o aborda, responde-lhe que não percebe nada de arte... Nasce a amizade.
Entretanto Almada não pára. Colabora em várias publicações. Faz ilustrações. Escreve a primeira poesia. Desenha o primeiro cartaz. Junta-se com outros artistas.
Em 1915 sai o primeiro número da revista ORPHEU. Algum escândalo
Júlio Dantas deprecia o trabalho. Reacções à inovação. Critica a publicidade feita à revista. Afirma não haver justificação para o sucesso. Diz que os autores são pessoas sem juízo.
A 21 de Outubro do mesmo ano estreia-se a peça Soror Mariana. O autor é Júlio Dantas. Almada vai agora reagir. Publica o Manifesto Anti-Dantas e por extenso. O manifesto não é apenas contra Dantas. É uma reacção contra uma geração tradicionalista, uma sociedade burguesa, um país limitado.

"... Basta PUM Basta!
Uma geração, que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração!
Morra o Dantas, morra! PIM!

No fim assina: POETA D' ORPHEU, FUTURISTA E TUDO.

Exemplar muito estimado, capa e miolo limpos

Mário Viegas recitando o manifesto - contém um extrato inédito do autor a ler o manifesto

http://www.youtube.com/watch?v=Izz4aoZ1Bsw&sns=fb


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José de Almada-Negreiros, Ultimatum futurista às gerações portuguesas do século XX. Edições Ática. 2000

José de Almada-Negreiros

Ultimatum futurista às gerações portuguesas do século XX

Lisboa

Edições Ática

2000

15 p.


Opúsculo como novo da reedição do famoso manifesto modernista. Impresso com capa cartonada e miolo agrafado. Assinatura do proprietário coevo na página de rosto datado de Dezembro de 2000.



Cronologia / Biografia de José de Almada Negreiros citada de http://www.vidaslusofonas.pt/almada_negreiros.htm


1893: Nasce em S.Tomé e Príncipe - 1896: Morte da mãe. - 1900: Entra como aluno interno no Colégio dos Jesuítas, em Campolide. O pai casa novamente - 1905: Redige e ilustra jornais manuscritos - 1910 : É extinto o Colégio dos Jesuítas. Vai para Coimbra - 1911: Lisboa. Ingressa na Escola Internacional - 1915: Escreve o Manifesto Anti-Dantas - 1919: Vai para Paris - 1920: Regressa a Lisboa - 1925: Pinta dois painéis para a Brasileira do Chiado - 1927: Parte para Madrid - 1932: Regressa a Lisboa - 1933: Casa com Sarah Afonso - 1934: Nasce o filho José - 1938: Conclui os vitrais da Igreja de Nª Senhora de Fátima - 1939: Morre o pai em Paris. - 1943: Faz os estudos preparatórios para os frescos da Gare Marítima de Alcântara - 1954: Pinta o retrato de Fernando Pessoa para o restaurante Irmãos Unidos - 1966: É eleito membro honorário da Academia Nacional de Belas Artes -1967: Recebe o Grande Oficialato da Ordem de Santiago e Espada - 1970: Morre em Lisboa.



... A I Guerra Mundial assola a Europa. Muitos artistas portugueses regressam a Portugal: Amadeu Sousa Cardoso, Guilherme Santa Rita, Eduardo Viana, são alguns deles. Outros são refugiados: Sonia e Robert Delaunay.
O Manifesto causa impacto nos meios artísticos. Afinal há alguém que ousa contestar a cultura instituída. Alguém que ousa criticar a sociedade, o País. Não se pode ficar ausente. É necessário intervir. Unir esforços para que haja uma acção artística. Um movimento que cresça...
Amadeu decide sair do isolamento em Manhufe. Em 1916 faz duas exposições em Lisboa e Porto. Almada escreve no prefácio da exposição:
"Amadeu de Sousa Cardoso é o documento conciso da Raça Portuguesa do séc. XX".
É o modernismo da arte portuguesa. O movimento não pára: nas letras e nas artes. Portugal está no século XX. A transformação é uma necessidade. É preciso agitar, por vezes provocando. Almada fá-lo no Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do séc. XX:
É preciso criar a Pátria Portuguesa do séc. XX
O Povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem Portugueses, só vos faltam as qualidades.

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sábado, 25 de janeiro de 2014

António Maria Lisboa, Erro próprio. 1ª edição, 1962, Guimarães Editores

António Maria Lisboa

Erro próprio

[seguido de Operação do Sol e de Alguns Personagens]

Guimarães Editores

Prefácio de Mário Cesariny de Vasconcelos

Coleção Ideia Nova

1962

87 p.



Peça de Coleção



O “prefácio” de Cesariny é, na realidade, a reedição do texto de uma folha-volante distribuída em Maio de 1958, Autoridade e Liberdade São Uma e a Mesma Coisa, em resposta ao lema salazarista «liberdade suficiente – autoridade necessária».

Eis, pois, o mais alto valor do surrealismo em português. Se um manifesto dessa corrente vivencial existiu por cá, pode considerar-se-lo no verbo activo de Erro Próprio. A força poética de António Maria Lisboa, em 1977, aquando da reunião da sua Poesia num único volume, levada a cabo uma vez mais por Mário Cesariny, ainda fazia estragos entre os próceres da “democracia” nascente: não apenas o “director” da colecção que acolheu o livro – o obtuso e limitado E. M. de Melo e Castro –, mas também o editor!... (não se sabe se o Assírio, se o Alvim), fizeram imprimir junto com a ficha técnica notas em que, cada qual à sua triste figura, enjeitam a edição.


(citado de Frenesi)

E o António Maria Lisboa?

(Luiz Pacheco (ainda...) resiste - Entrevista de Guilherme Pereira)

O Lisboa era um espírito insubmisso. Eu dei-me mais com o Lisboa foi em Benfica, na Villa Anna, no Verão de 1950, antes dele ir para Paris a primeira vez. Ele foi dormir lá a Benfica uma ou duas vezes. Lembro-me que íamos a pé às tantas da amanhã, quando perdíamos o último carro do Arco do Cego para Benfica, que era à uma e meia... então íamos a pé por aí fora. A minha mulher, a Maria Helena, e os miúdos estavam em casa dos meus pais, em Bucelas, ao pé do Moinho, e eu ia dormir a Lisboa, em Benfica, por causa do clima húmido de Bucelas, que me provocava grandes ataques de asma. Em Benfica era assim: de um lado a Villa Ventura e, do outro, a Villa Anna, o nº 674, que era a casa dos meus avós, onde depois também foi viver, para o andar de cima, o meu tio e padrinho, o coronel Fernando António Gomes. Ainda lá estão as casas, eu julgava que não estavam mas ainda lá estão. Ali mesmo ao lado havia a família Lobo Antunes, viviam numa vivenda formidável, tapada por um muro muito alto... porque os Lobo Antunes de repente tiveram... foi um gajo que me contou... eles não falam nisso... o pai destes Antunes todos, o médico, morava numa travessa muito pequenina, num prédio antigo... comprou um bilhete no Natal e saiu-lhe a sorte grande... na altura era uma coisa enorme... e depois ele comprou a vivenda... eu soube isto por um tipo que também morava lá... a vivenda deles foi abaixo, abriram uma avenida... Bom, mas voltando ao Lisboa. Eu depois perdi com o contacto com o Lisboa, que só venho a retomar em Cabeço de Montachique estava ele internado numa casa de saúde. É aí que ele me entrega o Ossóptico e Erro Próprio, edições dele, feitas em Coimbra, quando ele esteve internado no Sanatório dos Covões. Distribuí aquilo em Lisboa, ofereci, vendi, vendi muito pouco, lembro-me que havia uma gralha no Erro Próprio, que eu emendei até com tinta verde, que era uma tinta que eu usava na altura. Depois editei-lhe Isso Ontem Único, três livros-plaquetes. Quando ele morreu tive muita pena… ninguém sabe o que é que daria o Lisboa 50 anos depois… a vantagem de morrer cedo e com uma obra que foi para o lixo... o que se aproveitou não é nada…

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Alves Redol, Uma fenda na muralha, 1ª edição, Portugália Editora, 1959

Alves Redol

UMA FENDA NA MURALHA

capa de Octávio Clérigo

Lisboa,

s.d. [1959]

Portugália Editora

1.ª edição

19,4 cm x 12,9 cm,

314 págs.

Capas de brochura plastificadas.

Miolo limpo.





"Mar Santo ", foi o barco onde Alves Redol viveu uma extraordinária aventura de Medo e de Coragem, na companhia de pescadores da Nazaré.
Talvez que dessa quase-tragédia, tenha resultado o nome do livro "Uma Fenda na Muralha". Segundo algumas interpretações, a do próprio filho, o título do livro significa precisamente o milagre que foi, o barco em que seguiam, ter conseguido, in extremis, furar a muralha que eram os enormes vagalhões que assaltavam, nos mares da Nazaré, aquele barco, o "Mar Santo".
O filho do mestre desse barco, o Snr. Diamantino Peixe, contou-nos essa história, que foi o que inspirou a escrita daquele livro durante pouco tempo após o sucedido em alto-mar, quando já toda a Nazaré, se preparava para enfrentar a grande desgraça, que teria sido mais um naufrágio, para cúmulo, com um barco em que Alves Redol se tinha prontificado a viajar para viver na companhia dos próprios pescadores, as suas ansiedades e expectativas da pesca.

Sobre uma Fenda na Muralha pelo seu filho recentemente aquando da reedição da obra:

http://www.youtube.com/watch?v=QaGlw2nOKtY#t=63


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Luiz Pacheco, Os Namorados, s.l., Contraponto 2ª edição. s.d [1985]

Os Namorados

[Novela Neo-abjecionista] 

Luiz Pacheco 

s.l., 

Contraponto

 2ª edição.

s.d [1985]

16 p




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